18 julho, 2013

Da imparcialidade ideológica do comentador tuga...



“Com o acordo, o PSD e o CDS ganham tempo para recuperar da sua desgastada imagem. Eleições agora seriam provavelmente dramáticas para os dois partidos. O PS ganha respeitabilidade e as mudanças que vinha pedindo. E o país respira de alívio.”

"O PS ganha respeitabilidade...", certos comentários dão vontade de rir.

O PS, depois de 1 ano dedicado às "causas de esquerda",  envolvido numa acesa disputa com BE e PCP. no que parecia um concurso de popularidade para apurar qual deles seria o maior “inimigo da austeridade”, assim que se viu obrigado a lidar com a realidade (recordar o ar apavorado de Seguro no dia da demissão de Portas...), em menos de uma semana, já veio dizer que é impossível um acordo com o BE. Da noite para o dia, de uma suposta proximidade e possibilidade de acordo para o célebre "governo de esquerda", o PS passa a acusar o BE estes apenas estarem interessados em "jogos partidários". 

Ou seja, na prática, o PS também assumiu como eram fantasiosas e demagógicas as posições que vinha defendendo ultimamente, nomeadamente, as suas posições contrárias a qualquer corte ou reformaaquele e a constante referência à "urgência" de eleições antecipadas (recordar, mais uma vez, o ar apavorado de Seguro no dia da demissão de Portas...).

Mas esta total inversão de posição - naquela lógica do duplo-critério da comunicação social que aqui no blog tão frequentemente se expõe -, é RESPEITÁVEL!

Estamos conversados...

NOTA: Depois, comentadores com este tipo de raciocínio, admiram-se de atraírem para si os “Baptistas da Silva” deste mundo…