12 abril, 2013

Do duplo critério da comunicação social

 
Como em tantos casos sucede, o jornalismo militante andou nos últimos dias a difundir a mensagem que este Governo - Gaspar, designadamente - queria "fechar o País". Com o habitual desassossego e indignação que as medidas dos governos "da direita" inspiram, fomos ouvndo e lendo:
 
 
 
 
 
Bastava ler o "despacho Gaspar" para verificar que o alarmismo e alarido em torno da maioria das situações acima indicadas não se justificava. Elogiar aqui a coragem (sim, neste País exige alguma coragem ir contra o discurso e "pensamento único" esquerdista, que o digam Jonet, Soares dos Santos, Fernando Ulrich, etc...) de Oliveira Martins ao  considerar "perfeitamente compreensível" o despacho do ministro das Finanças.
 
Será que a comunicação social teria o mesmo critério, i.e., fomentaria tanta algazarra e exerceria o habitual jornalismo de intriga,  se o despacho fosse de outro  governo?... 
 
Aqui no (excelente) (Im)pertinências, há um post que nos dá a resposta:
 
 
«No documento, o ministro afirma que "para assegurar o reforço do bom desempenho da execução orçamental é necessário manter o rigor e intensificar os mecanismos de contenção da despesa do sector público administrativo". De acordo com o despacho, os serviços do sector público administrativo, da administração central e da segurança social e as entidades que tenham sido incluídas no âmbito do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais não podem, desde 28 de abril, assumir novos compromissos sem autorização prévia do ministro das Finanças.»
(ionline citando a Lusa em 03-05-2011, referindo um despacho de Teixeira dos Santos)

«António José Seguro defendeu ainda que o despacho de Vítor Gaspar, a congelar a maioria das despesas no Estado, revela que o Governo está a tentar fechar serviços e até o próprio país.»
(António José Seguro citado pelo Económico ontem).
 
É assim...
Jornalismo militante: a formatar a mentalidade do cidadão “tuga" desde 1974.